Os casos de dengue em Campinas dobraram em apenas uma semana, subindo de 120 para 241 registros confirmados em 2025, segundo o Painel de Arboviroses da Secretaria de Saúde. Apesar do aumento expressivo, a cidade segue sem óbitos pela doença, mas o número de 1.441 casos suspeitos em análise gera preocupação.

Um dos fatores que mais inquieta as autoridades é a reintrodução do sorotipo 3 da dengue, que não circulava na cidade há mais de 15 anos. Segundo Priscilla Pegoraro, assessora técnica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), a reinfecção com esse sorotipo pode provocar quadros mais graves da doença. “O retorno do sorotipo 3 é um alerta importante, pois muitas pessoas estão vulneráveis, e a reinfecção aumenta os riscos”, afirmou.

Diante do cenário, a Prefeitura de Campinas intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. No sábado (25), o município deu início ao primeiro Mutirão de Prevenção e Combate à Dengue de 2025, com atividades nos bairros Vila Padre Anchieta, Jardim Nova Aparecida, Vila Renascença, Parque Maria Helena e Vila Penteado.

As ações incluíram visitas a imóveis para eliminar criadouros e conscientizar moradores, além do uso de drones para monitorar imóveis desocupados. A Secretaria de Serviços Públicos também removeu 468 toneladas de resíduos na região.

Com as ações, o município espera conter o avanço da dengue e evitar um possível surto agravado pela circulação do sorotipo 3.

Em 2024, Campinas teve a pior epidemia da história com mais 121 mil casos registrados e 90 óbitos por causa da dengue.

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