Foto: Gustavo Schiezaro/Divulgação

A Câmara Municipal de Valinhos (SP) instaurou, nesta terça-feira (4), uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a possível atuação de um “médico fantasma” na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. A suspeita, que também está sob apuração do Ministério Público, é de que o profissional tenha recebido pagamentos da Prefeitura sem ter comparecido aos plantões.

O médico nega as acusações e, por meio de seus advogados, afirma possuir provas de que cumpriu suas funções. Além disso, ele alega ser alvo de retaliação e pretende entrar com uma nova queixa contra o prefeito, Franklin Duarte de Lima (PL), responsável por denunciar o caso.

O pedido para abertura da CPI foi protocolado em janeiro com o apoio de 17 vereadores. Com a aprovação, a comissão tem um prazo inicial de 90 dias para conduzir as investigações, podendo ser prorrogado se necessário. O vereador Vagner Alves (Republicanos) foi nomeado presidente da CPI, enquanto Rafa Marques (PL) atuará como relator.

Segundo o documento que fundamenta a investigação, o profissional teria recebido mais de R$ 60 mil por plantões na UPA ao longo de 2023, mesmo estando fora do país, supostamente em viagem pela Europa.

Além disso, o médico estaria vinculado ao Consórcio Intermunicipal de Saúde na Região Metropolitana de Campinas (Cismetro), que permite a realização de plantões remotos, mas não nas condições em que os serviços teriam sido prestados.

O vereador Vagner Alves informou que a CPI também analisará se houve falhas administrativas por parte do consórcio e dos gestores que poderiam ter facilitado a suposta irregularidade. De acordo com o Ministério Público, o inquérito continua em andamento, mas está temporariamente suspenso até que seja tomada uma decisão sobre um recurso apresentado pelo médico investigado.

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